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Ypiranga realiza homenagem a Edson Zanella, através do consulado de Porto Alegre

28.JAN

 

Nascido em 1946, Edison Zanella sempre esteve envolvido na vida do Clube. Era filho de Etelvino Zanela, o “Zanelinha”, que além de torcedor do Ypiranga, também atuou como goleiro na década de 30.
Etelvino Zanella foi goleiro na primeira vez que o time da montanha enfrentou o Atlântico, em abril de 1937. Ainda na década de 30, atuou por várias vezes pelo Ypiranga, sendo cotado para jogar em times da capital Paulista, como Palestra Itália (atual Palmeiras). Contudo, após sofrer uma fratura no rosto e um deslocamento de retina em um dos olhos, em um jogo contra o Juventude, de Caxias do Sul, viu sua carreira interrompida aos 19 anos.
Etelvino sempre manteve-se fiel ao Ypiranga, passando parte desse amor aos seus filhos, especialmente a Edison Zanella, também conhecido como “Pelado” na Capital da Amizade.
Edison ingressou formalmente na diretoria do clube a convite do Presidente Oscar Abal, para que fosse tesoureiro do clube, na gestão compreendida entre os anos 1964 a 1970.
Conforme lembra seu filho, Glauco Zanella, muitas eram as histórias contadas por seu pai daqueles tempos, onde o futebol era feito com pouco dinheiro, mas muito suor e trabalho.

“Lembro do meu pai contando sobre as dificuldades do futebol na década de 1960. Das histórias sobre a construção do Colosso da Lagoa e dos imprevistos solucionados por ele e pelo Presidente Abal, para que o estádio fosse inaugurado. Lembro de ter contado sobre as rifas e pedidos de dinheiro aos Erechinenses, para que o estádio pudesse ser erguido. Também lembro das histórias de jogadores que possuíam poucos recursos financeiros, e que por vezes batiam na porta lá de casa para pedir remédio para um filho doente, ou ajuda de custo para compra de alimentos. Também lembro, com carinho, das histórias sobre os grandes feitos do Ypiranga naqueles anos, bem como das viagens realizadas as pressas, em noites e madrugadas, até a capital – Porto Alegre, em um Fusca ou em um Maverick sem ar condicionado ou qualquer conforto, para buscar e também inscrever jogadores junto à Federação Gaúcha de Futebol, para que pudesse atuar o quanto antes pelo Clube.”

“Lembro, ainda, da história contada por meu pai (Edison), do dia em que o Santos, de Pelé, foi convidado/contratado para inaugurar o Colosso da Lagoa. Nesta ocasião, após o acerto feito entre a diretoria do Ypiranga e o Santos F.C., determinou-se que a data da partida seria 02 de setembro de 1970. Como era de praxe, a tesouraria arrecadava os valores do borderô, e nos dias subsequentes repassava a parte correspondente para o time adversário, o que também deveria ocorrer com o Santos. Contudo, no dia do evento (horas antes de iniciar a partida), meu pai recebeu uma ligação da diretoria Santista, que exigiu o pagamento antecipado (e em espécie) da cota correspondente ao Santos, sob pena de não entrarem em Campo. Apavorado, contatou o presidente Abal, sendo que após muito esforço, conseguiram algumas malas de dinheiro junto a dois ou três bancos com sede em Erechim, permitindo que o jogo acontecesse. Sendo assim, posso falar que graças ao meu pai, em 02/09/1970, o Rei marcou o seu gol de número 1.040, no Colosso da Lagoa, ficando imortalizado, inclusive, em uma placa de bronze até hoje existente no estádio.”

“Também lembro, com muito carinho, dos domingos de jogo no Colosso da Lagoa, já nos idos de 1980 e 90, quando meu pai me incentivou a criar, junto com outros amigos, uma das primeiras torcidas organizadas do Ypiranga, a TOY. Íamos ao estádio em todos os jogos. Minha avó – Zely Zanella – confeccionou uma grande bandeira (muito maior do que eu, na época), a qual era carregada por meu pai até a arquibancada, onde me passava, para que eu pudesse agitá-la durante o jogo.”

E é diante de tantas lembranças e histórias, bem como de tempo dedicado ao Clube, que hoje se faz essa bela homenagem, dando nome ao consulado do Ypiranga, em Porto Alegre, de “Consulado YPIRANGA POA – Voa Canarinho – Edison Zanella”.
A ação foi realizada pelo Consulado de Porto Alegre, através do Consul Mauro Gotler, além da presença da família teve a participação do Presidente do Clube Adilson Stankiewicz, Presidente do Conselho Ricardo Adamczyck, Consul de Florianópolis Paulo Schenatto e Vice-presidente da FGF Antônio Dalprá.

Obrigado, Edison Zanella, por tudo que fez por este glorioso Clube.

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